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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Escrevendo uma carta..., pensei:

Escrevendo uma carta..., pensei:
Pensei em desaguar minhas angústias e ansiedades
Pensei em relatar o incomodo comigo mesmo
Pensei em espelhar meu Eu espalhado
Pensei em inserir meu próprio retrato no tema de amarguras.

Mas, pensando bem... 
Ferir-me com tantos pensamentos
Contestar divagações açoitadas pelo meu outro Eu
Diante das indignações e indiferenças que não atenuam,
O sentimento humilde de um pobre poeta 
Que fora ultrajado ao luar.

Pensando bem... 
Analiso tais questionamentos
Deixando-me cair na angústia de esquecimentos
Que do passado reflete o futuro sem constrangimentos
Ainda assim, sobrepostos a uma lágrima sentida e contrita;
Que o tempo, em sua nobreza, permeia, rega e vagueia,
Semeando um pensar
Clareando a dualidade intrínseca
Cujo desejo é o de te amar.

E sem medo
Ainda sim é o meu desejo:
Amar-te à luz do manto da noite 
Abençoada, enaltecida e iluminada pelo brilho ao luar!


Autor: Roberto Mello

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