Roberto Mello - Escritor e Poeta
Blog sobre poemas, poesias, microcontos, vídeos variados, textos de minha autoria em antologias e coletâneas que participei, livros que publiquei e colaborações em vários segmentos literários a nível internacional. Sejam bem-vindos!
sábado, 29 de janeiro de 2022
sábado, 22 de janeiro de 2022
terça-feira, 3 de agosto de 2021
E VEJO LUZ
Brilho intenso que seduz
E que não reprime
Nem tão pouco oprime
Mesmo um pequeno feixe
Ainda reluz
E vejo luz!
Pelas calçadas, à noite;
Sou peregrino sem destino
Não procrastino,
Afinal, da vida, sou apenas um reles inquilino.
E se o tempo não oprime
Tenho infinitos segundos de sonhos.
Sem transgredir à própria sorte
Sem ultrajar à própria pena de morte
Ainda consigo ver uma centelha de luz.
E vejo luz!
terça-feira, 6 de julho de 2021
O Tango Eternizado
Juarez Neto, gaúcho de Santa Maria, desenvolveu o gosto pelo tango devido à influência familiar. Ele cresceu ouvindo e assistindo shows desta dança, a qual exibe um monobloco de sensualidade, drama e paixão regido pelo trio violino, flauta e violão.
Ele é tão apaixonado por este estilo que assistiu inúmeras vezes ao filme “Perfume de Mulher” interpretado por Al Pacino, afinal, o tango Por Una Cabeza de Carlos Gardel integra a trilha sonora.
Ao completar 80 anos de óbito do artista imortal por acidente de avião, Juarez viajou à Buenos Aires e seguiu para o cemitério de Cacharitas. Há muito desejava conhecer.
Apesar da extensão do cemitério tanto no plano horizontal como vertical — com três níveis abaixo do solo — a referência do local é a Rua 33.
Após alguns minutos de caminhada pela ala principal, enxergou a estátua perfeita. Ela, ali, na esquina; a cópia do estilo clássico do passado em toda sua plenitude — de terno, colete, gravata borboleta e com uma mão no bolso e outra na altura do abdômen.
Juarez aproximou-se e absorveu as imagens das flores, túmulo, ornamentações e a figura do ícone. Ficou na mesma posição quase uns dez minutos. A seguir, pegou uma das rosas vermelhas junto à sepultura e a colocou no pequeno vão existente entre a mão e o abdômen da imagem e se retirou.
Depois de excursionar por ali por quase duas horas, decidiu-se por ir embora.
No momento que transpôs os grandes portões da entrada, ele ouviu o choro suave e longínquo de um violino acompanhado pelo exímio e solene som de uma flauta. Parou, virou-se, olhou para o interior do cemitério e sussurrou: não acredito!
Imagem: ArtTower
sábado, 9 de janeiro de 2021
PARTITURA
Partitura
Descortinei diante dos meus olhos uma ilusão
Afetou de modo angustiante minha alma
Afligia-me noite e dia sem nenhuma calma
Obstruía minhas veias e destruía um coração.
E este coração
impetuoso
audacioso
esperançoso,
Embora perdido
Sem os fantasmas do passado
Cobiça conjugar o verbo amar.
A este AMAR
Navega-se por tempestades em alto mar
Com ondas que avassalam tua alma sem a encontrar
Insistentemente,
aspiro reencontrar,
O elo perdido da verdadeira
derradeira emoção.
Questiono:
“Descobri” minha insólita e audaz ilusão?
Com ou sem veemência ao reduto do meu coração?
Enganei-me pelos ternos impulsivos instantes?
Ora... Ora;
Suportava o imaginável fantasiado de aventura
minha mente bailava
E se adocicava nessa loucura.
Então...
Pelos dias de outonos passados;
Pelas noites de pesadelos ou saudades
- apenas mais uma partitura –
Música
AnalogueCabin
Artista
Noir Et Blanc Vie
Vídeo e Texto
Escritor & Poeta Roberto Mello