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quinta-feira, 10 de julho de 2025

O Sussurro da Poeira Estelar


Em um canto esquecido do universo, onde as estrelas dançavam em silêncio e as galáxias teciam tapeçarias de luz, existia um pequeno planeta azul, quase imperceptível na vastidão cósmica. Não era notável por suas montanhas grandiosas ou oceanos profundos, mas por algo muito mais sutil: o Sussurro da Poeira Estelar. Dizia a lenda que, em noites de lua nova, quando o véu entre os mundos se tornava tênue, a poeira cósmica que caía sobre o planeta carregava consigo fragmentos de memórias de estrelas antigas, de sonhos de civilizações perdidas e de canções de ventos solares. Aqueles que tinham sensibilidade para ouvir podiam desvendar segredos do tempo e do espaço.

 Elara era uma dessas almas raras. Cresceu à sombra de árvores gigantes que alcançavam o céu, com os ouvidos sempre atentos ao murmúrio quase inaudível da poeira estelar. Enquanto outros se preocupavam com as colheitas ou com as disputas triviais da aldeia, Elara buscava a sabedoria que pairava no ar. Seus cabelos, da cor da noite sem estrelas, e seus olhos, que refletiam a luz de mil sóis distantes, eram um testemunho de sua conexão com o cosmos. Ela passava horas na clareira mais alta da floresta, onde a poeira estelar caía mais densamente, estendendo as mãos para o céu, como se quisesse abraçar o próprio universo.

 Numa noite, o sussurro veio mais forte, uma melodia complexa que nunca tinha ouvido antes. Não eram fragmentos, mas uma história inteira, uma narrativa de um tempo em que o planeta azul era vibrante, com uma civilização avançada que havia alcançado o auge da tecnologia e da compreensão cósmica. Eles haviam construído cidades que flutuavam no ar e naves que viajavam entre as estrelas. Mas, em sua busca incessante por conhecimento e poder, haviam esquecido a essência do Sussurro da Poeira Estelar – a humildade, a conexão com a natureza e a interdependência de todas as coisas. A história revelava a queda dessa civilização, não por uma catástrofe externa, mas por um colapso interno, uma erosão da alma causada pela desconexão com o que realmente importava.

Elara sentiu um arrepio. A história não era apenas uma memória distante, mas um aviso. Ela percebeu que a poeira estelar não trazia apenas o passado, mas também o futuro, um futuro que poderia ser moldado pelas escolhas do presente. A melodia da poeira estelar transformou-se em um lamento, um eco da dor e do arrependimento de uma civilização que havia perdido seu caminho. Elara sabia que precisava agir. O conhecimento que ela havia recebido não podia ser guardado apenas para si. Era um presente, mas também uma responsabilidade.

 Com o coração pesado, mas determinado, retornou à sua aldeia. As pessoas olhavam-na com curiosidade, algumas com desconfiança, pois ela sempre foi diferente. Mas Elara não se importava. Ela sabia que a verdade que carregava era mais importante do que qualquer julgamento. Então, começou a compartilhar as histórias que a poeira estelar lhe contava, não como profecias, mas como parábolas, como lições do passado que poderiam guiar o futuro. No início, poucos o ouviram. Alguns riram, outros a ignoraram. Mas Elara persistiu, sua voz suave, mas firme, ecoando a sabedoria do cosmos.

 Lentamente, as sementes que plantou começaram a germinar. As crianças, com suas mentes abertas e corações curiosos, foram as primeiras a entender. Elas passavam horas ouvindo as histórias das estrelas, aprendendo sobre a importância da harmonia, do equilíbrio e do respeito por todas as formas de vida. Os adultos, ao perceberem a transformação em seus filhos, começaram a prestar atenção. Gradualmente, a aldeia começou a mudar. As disputas diminuíram, as colheitas foram compartilhadas e a conexão com a natureza foi restaurada. O Sussurro da Poeira Estelar, começou a ser percebido por mais e mais pessoas, um coro suave que unia a aldeia em um propósito comum.

E assim, o pequeno planeta azul, quase imperceptível na vastidão cósmica, começou a trilhar um novo caminho. Não era um caminho de grandes conquistas tecnológicas, mas de uma profunda conexão com o universo, de uma sabedoria que vinha do passado e que guiava o futuro. Elara, a guardiã do Sussurro da Poeira Estelar, continuou a ouvir as estrelas, a aprender com elas e a compartilhar sua sabedoria, garantindo que a melodia da vida continuasse a ressoar em harmonia com o cosmos. E, em noites de lua nova, quando a poeira estelar caía suavemente, era possível ouvir não apenas o sussurro das memórias antigas, mas também a canção de um futuro promissor, um futuro tecido com os fios da esperança e da sabedoria cósmica.

sábado, 5 de julho de 2025

O Eco Silencioso da Autenticidade


Solange sempre soube como orquestrar sua própria luz. Não era apenas o fulgor inato que cintilava em seus olhos castanhos, mas o brilho meticulosamente lapidado de uma existência que se desenhava em perfeição. No vasto teatro digital, suas postagens eram constelações de curtidas e comentários; no epicentro corporativo, seu nome era um estandarte de triunfo, e suas amizades, um mosaico invejável de almas influentes e bem-sucedidas. Ela encarnava a autoconfiança, ou assim parecia. Cada louvor, cada convite, cada "parabéns" era um fio de ouro tecido na tapeçaria de sua segurança, uma tapeçaria que, sem que sua percepção alcançasse, era urdida sobre as areias movediças da efemeridade.

A vida de Solange era um palco grandioso, e ela, a prima-dona, eternamente sedenta pela próxima ovação. Seu sucesso profissional era a coroa de louros de sua performance, e as redes sociais, o espelho mágico que refletia a imagem que ela desejava que o cosmos contemplasse. As amizades? Ah, as amizades eram o coro grego, entoando hinos e reforçando sua persona. Ela se sentia onipotente, inexpugnável, pois o mundo parecia conspirar em uníssono com essa ilusão.

A primeira fissura na muralha de cristal surgiu com o gélido e-mail, desprovido de alma: a reestruturação impiedosa da empresa. Solange, a intocável, viu-se subitamente despojada de seu manto de poder. O impacto foi um trovão silente, mas o que se seguiu foi um cataclismo ainda mais devastador. O telefone, antes um arauto vibrante de convites e mensagens, emudeceu. As constelações de curtidas minguaram, os comentários se dissolveram no éter. Aqueles que antes a cercavam com sorrisos de seda e promessas de lealdade agora estavam enredados demais em suas próprias teias para atender seus chamados. As amizades, que ela concebera sólidas como rocha ancestral, desintegraram-se como castelos de areia sob a maré da indiferença. Eram laços forjados no cadinho do interesse, erguidos sobre o que ela podia ofertar, não sobre a essência de quem ela era.

A queda foi um mergulho abissal. Sem o palco, sem a ovação, Solange viu-se despida, desprovida de cada fibra que urdia sua autoconfiança. A imagem refletida no espelho das redes sociais parecia uma estranha, um vulto vazio. Quem era Solange sem o sucesso, sem os aplausos e sem a validação externa? A resposta, um eco sombrio, a aterrorizava: ela não sabia.

Os dias se arrastavam em um limbo de desespero e autocomiseração. O quarto, antes um santuário, transmutou-se em seu cárcere e refúgio. As cortinas, eternamente cerradas, barravam a invasão da luz solar, e o silêncio era rompido apenas pelos sussurros torturantes de seus próprios pensamentos. Ela ergueu uma muralha invisível, recusando-se a dialogar com quem quer que fosse, nem mesmo com os pais, que tentavam, com uma paciência que beirava o infinito, transpor a barreira de sua dor. Meses se estenderam por quase dois anos de reclusão, em que Solange viveu à margem da vida, afundada em uma depressão tão profunda que cada alvorecer era uma batalha hercúlea para simplesmente sorver o ar.

Certa manhã, um fio invisível a impeliu ao banheiro. Ao retornar ao seu quarto, um magnetismo súbito a paralisou diante dos dois quadros emoldurados que adornavam a parede, presentes de um amigo dos tempos áureos do antigo trabalho. Um deles, uma paisagem de montanha verdejante, sussurrava as palavras: "Sinto-me muito fraco e totalmente esmagado; meu coração geme de angústia. Senhor, diante de ti, estão todos os meus anseios; o meu suspiro não te é oculto — Salmos 38:8, 9." No outro, um campo de girassóis, banhado em luz, proclamava: "Senhor, não me abandones! Não fiques longe de mim, ó meu Deus! Apressa-te a ajudar-me, Senhor, meu Salvador! — Salmos 38:21, 22." Ali, naquele instante sagrado, ela rompeu o silêncio que a aprisionava e leu em um tom quase inaudível, como um segredo confidenciado ao vento. E, então, com uma força que brotava das profundezas de sua alma, as palavras ecoaram novamente, em tom mais alto, preenchendo o vazio que a sufocava, como um hino de libertação.

Após, ela se acomodou na cadeira junto à penteadeira, e o espelho, antes um inimigo, tornou-se um confidente silencioso. Seus olhos, antes opacos, começaram a desvendar a imagem refletida. Em dado momento, a voz que emergia de seu próprio ser, embargada pela emoção, mas revestida de uma firmeza recém-descoberta, questionou: "O que você está fazendo consigo mesma?" Os ponteiros do relógio, por um instante que se estendeu em eternidade, pareceram petrificar-se, como se o próprio tempo aguardasse, em reverência, a resposta que se gestava.

A resposta não se manifestou em palavras, mas em um impulso primordial. Solange ergueu-se da cadeira, sentindo uma energia há muito adormecida despertar em suas veias. Com passos que, embora hesitantes, carregavam a promessa de uma nova jornada, ela caminhou até a janela. Com um movimento que era tanto um adeus ao passado quanto um convite ao futuro, puxou as cortinas. Um filete dourado de sol, tímido a princípio, ousou espreitar pela fresta e, então, como um amante há muito esperado, a luz do amanhecer irrompeu, banhando o quarto em um abraço caloroso e revelando a poeira acumulada e a desordem que se tornara parte de sua existência. Não se importou. Aquele raio de sol era um convite sussurrante, uma promessa cintilante. Em seguida, com uma determinação que surpreendeu até mesmo a si mesma, ela iniciou a purificação de seu santuário, descartando o que não mais ressoava com sua alma, organizando o que restava. Cada objeto em seu devido lugar era um passo cadenciado em direção à organização de sua própria vida, um rito de passagem para a clareza interior.

Os dias que se seguiram foram uma sinfonia de reconstrução silenciosa, cada nota, cada tijolo cuidadosamente assentados. O quarto, antes um santuário de sua dor, transmutou-se em um refúgio de paz, um jardim onde a esperança começava a florescer. Ela abraçou o autocuidado com a devoção de um ritual, nutrindo o corpo e a alma, caminhando pelo bairro como se cada passo fosse uma prece, sentindo o vento acariciar o rosto e o sol beijar a pele — sensações que há muito haviam sido exiladas de sua memória. O mundo lá fora, antes um labirinto de ameaças, agora se desvelava como um convite irrecusável, um horizonte vasto de possibilidades inexploradas.

A busca por um novo propósito profissional não foi menos árdua, mas cada obstáculo foi um degrau para sua ascensão. O currículo, antes um pergaminho impecável, agora ostenta uma lacuna de quase dois anos, um abismo que parecia intransponível. As primeiras entrevistas foram um cadinho, um teste de sua recém-descoberta resiliência. Ela sentia o peso dos olhares inquisidores e a sombra da desconfiança nas perguntas sobre o "período sabático". Mas, desta vez, Solange não buscava o bálsamo da aprovação externa. Ela falava com uma honestidade que beirava a brutalidade, mas que era a mais pura verdade sobre sua jornada, sobre a queda vertiginosa e a redescoberta luminosa, sobre a mulher mais forte e autêntica que emergira das cinzas de sua própria dor. Sua voz, antes um sussurro hesitante, agora carregada da convicção inabalável de quem conhece a si mesma e se reencontrou.

Paralelamente, o crivo de suas amizades tornou-se mais apurado, como um ourives que separa o ouro da escória. Mensagens de antigos "amigos" começaram a pipocar curiosas com seu reaparecimento, como mariposas atraídas pela chama. Solange, antes uma alma ávida por qualquer migalha de atenção, agora os observava com um olhar perspicaz, desvendando as intenções ocultas. Ela compreendeu, com a clareza de um raio, que a verdadeira amizade não se tecia em fios de status ou conveniência, mas na trama indestrutível da conexão genuína e do apoio incondicional. Aqueles que se aproximavam apenas para sondar se ela havia "voltado ao normal" ou para farejar alguma oportunidade foram gentilmente, mas com uma firmeza inquebrantável, afastados de seu novo círculo. Em contrapartida, os poucos que permaneceram ao seu lado durante a escuridão, que a procuraram sem o peso do julgamento, foram abraçados com uma gratidão que transbordava a alma. Ela redescobriu a beleza etérea das conversas sinceras, dos silêncios que confortam mais que mil palavras e da lealdade que resiste a todas as tempestades.

O ato de coragem de Solange não foi um único evento grandioso, um relâmpago no céu, mas uma constelação de pequenas e significativas escolhas diárias, cada passo em direção à sua plenitude. Foi a coragem de se expor em entrevistas, de desvelar sua vulnerabilidade sem temor, de rejeitar o que não mais a nutria. Foi a coragem de mergulhar nas profundezas de seu próprio ser e reconstruir-se, não para o olhar do mundo, mas para a saciedade de sua própria alma. E, ao empreender essa odisseia interior, ela desvendou que a verdadeira autoconfiança não era um brilho externo a ser exibido, uma fachada para o aplauso alheio, mas uma luz interna, constante e inabalável, que a guiava em cada passo, uma chama eterna que jamais se extinguiria.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

CÂMARA DOS TRAÇOS VIVOS

  

No coração do prédio, onde a luz do sol mal ousava penetrar, filtrada pelas copas densas das árvores, ficava a Câmara dos Traços Vivos. Ali, entre pranchetas digitais e processos físicos que ganhavam vida, a irmandade de mentes criativas desvendava os segredos de cada projeto, transformando sonhos em estruturas palpáveis. Era um lugar de foco quase monástico, interrompido apenas pelo clique dos mouses, o sussurro de ideias e, ocasionalmente, o ploc suave de um gambá que, vez ou outra, ousava uma visita inesperada ao centro do salão, onde uma mesa grande e imponente reinava.

Mas junho e julho traziam consigo um tempero diferente. Não era só o ar que mudava lá fora; era a promessa de fogueiras invisíveis e balões de papel que flutuavam na imaginação. Na Câmara dos Traços Vivos, a comemoração mensal dos aniversariantes ganhava um brilho especial, um cheiro de festa junina e julina que se misturava ao aroma de café e criatividade.

Naquele mês, a mesa grande, que normalmente abrigava projetos, transformou-se num altar de delícias. Havia o bolo de milho, dourado e fofo, a paçoca esfarelando na boca, a canjica cremosa que aquecia a alma. E para os mais ousados, a sopa de ervilha e o caldo verde, quentinhos, disputavam espaço com os cachorros-quentes, que eram a alegria da criançada (e dos adultos que nunca crescem).

Não era apenas uma pausa para comer. Era um ritual. Os olhos, antes fixos nas telas, agora se encontravam. As vozes, antes sussurrando sobre linhas e conceitos, agora se elevavam em risadas e conversas descontraídas. Era ali, entre um pedaço de bolo e uma colher de canjica, que a verdadeira arquitetura da equipe se revelava: não em análise de projetos e documentos, mas em laços invisíveis de camaradagem.

Os aniversariantes do mês eram o centro das atenções. Mas a festa era de todos. Era a celebração da jornada conjunta, dos desafios superados e da alegria de pertencer.

E quando, por um instante, um gambá mais curioso aparecia, espiando a algazarra da mesa, ninguém se assustava. Era apenas mais um elemento daquela teia peculiar, um lembrete de que a vida, mesmo na Câmara dos Traços Vivos, era feita de surpresas, de beleza e de um pouco de caos encantador. E que, no fim das contas, a melhor estrutura que se podia construir era a da união.

sábado, 7 de outubro de 2023

DUBIEZ

 


 

Dubiez

E se o Universo questionar meu único verso?

Ainda sim, discorrerei para alcançar a estrofe perfeita.

E se Ele, após a leitura, concluir com incoerência?

Refino a subjetividade exposta,

Reavalio a dinâmica das palavras,

Norteio a objetividade da arte dual,

Clareio os fragmentos mundanos,

Revitalizo a manifestação da alma,

E, finalmente, pontuo as palavras com serenidade.

Com veemência, Ele insiste na mesma nota.

Durante alguns dias, meses ou anos;

Torno-me passivo às infinitas inspirações.

O tempo avança e nada acontece

Sobrevêm ideias

O manto noturno continua ali;

Vez por outra, lágrimas cortam as estrelas.

 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

TUBARÃO BRANCO | MERCADO FINANCEIRO | BOLSA DE VALORES | POLÍTICA

 

O Mercado Financeiro, veja só, é um espelho. Não um espelho qualquer, mas um que reflete a alma de uma nação. Ele capta, com uma sensibilidade quase mística, a estabilidade de quem nos lidera, a seriedade de um governo, a dança delicada entre as instituições e a voz genuína da democracia. É um termômetro que não mente, um barômetro que não se engana.

Seus sensores, invisíveis e onipresentes, farejam a insegurança a léguas de distância. Não precisa de sussurros ou de verdades ditas ao pé do ouvido; ele simplesmente sabe. E, acredite, quando o assunto é investimento, os grandes jogadores não são meros peixes, são "TUBARÕES BRANCOS". Eles nadam em águas profundas, onde a mídia, com suas tentativas de distorcer ou ocultar, mal consegue molhar as barbatanas.

Porque o Mercado Financeiro, meu caro, tem vida própria. Pulsa em seu ritmo, dita suas próprias leis. E aqui reside a beleza, a crueza e a verdade: suas regras não toleram joguinhos, falcatruas ou encenações baratas. É um palco onde a transparência é a única moeda de troca.

Desde o último pleito, a Bolsa tem dançado um tango incerto. Uma instabilidade que, como um arrepio, já sinaliza desconfiança. Há algumas multinacionais arrumando as malas, filiais se desmobilizando, e um burburinho nos corredores de que grandes investidores, esses tubarões de peso, já buscam águas mais seguras. Um país onde o plano de governo é um mapa claro, a democracia uma melodia sem desafinos, e a segurança, ah, essa é inabalável e incorruptível.

E se o temido "efeito manada" — axioma que o mercado tanto conhece — se concretizar? Então, prepare-se para a maré. Desemprego, inflação, violência, falências, fome, as ruas cheias de desamparados, e a dívida, essa crescerá como uma sombra. Não é um vaticínio, não é profecia. É a leitura fria e precisa do comportamento desse gigante, desse Tubarão Branco que chamamos de Mercado Financeiro.

Que a sorte nos seja generosa, e que a sabedoria nos guie. Porque, no fim das contas, a verdade do mercado é a verdade nua e crua da nossa própria casa.