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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Que madrugada!

Esta noite que não avança...
 Estática
Isolada
Demonstrando estar árida...
Seca
Fria
Embaçada.
Esta noite que maltrata...
Alma arredia
Sem fantasia
Sem melodia
Sinto azia!
Repouso ou pesadelo?
Ilusão!
Emoção?
Uma equação
Duas incógnitas
Sem solução
Que insatisfação!
Vou ao espelho
Observo
Acendo a luz
O manto negro não avança
Que cruz!
E a noite não avança
Que lambança!

Que saudade do tempo de criança!


Imagem: jarakonecny
Texto: Roberto Mello

domingo, 29 de novembro de 2015

Um chafariz.

Uma praça tranquila e serena...
Aquele chafariz
Sonorizando águas de cachoeira
Transmitindo momentos aprazíveis
De suaves cochilos
Sob aquela amendoeira.
Sentado àquele banco de madeira
Esquecia amargos repúdios
De cartas e duplicatas
Deixando-as na prateleira.
Os pardais adornavam a paisagem
As andorinhas não eram apenas miragem
As crianças reféns daquela imagem
Que delícia de aprendizagem!
Casais alegremente descontraídos conversavam
Amigos gargalhavam sem nenhuma preocupação
Inspirações maravilhosas nos chegavam
Abrandando a realidade com sua inculpação.
Que saudade daquele chafariz!
Apenas um lamento...
Ele sumiu...

Ele não me quis!

Fonte, Chafariz, Água

Foto: gustavofer74
Texto: Roberto Mello

sábado, 28 de novembro de 2015

Perdeu-se!

Perdeu-se!
O que?
Oh, meu caro... Doces quimeras!
Vive em nostalgias?
Pelo contrário: das...
Tristeza embala alma...
Agora, sérias nevralgias.
A idade avançou...
Nem percebeu...
Utopias...
O Criador não concedeu,
Então... Perdeu-se!
Acordou de fato...
Pelo fato, caído seu retrato...
O vidro estilhaçado
E
Seus sonhos
Agora..., amordaçados.
Perdeu-se!
Perdido iludido
Nunca confundido...
Apenas doces quimeras...
Mas sua alma inquieta...
Luta, replica e insiste
Você ainda existe!

Autor: Roberto Mello

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

E agora?


Divago aos teus olhos
Contemplo tuas nuances
Admiro seus lábios
Desejo-os!
Oculto palavras
Transfiro emoções
Permito ao toque
Que ansiedade!
Maltrata-me
Coração abjuga
Acerta um alvo
Meu sentimento!
E agora?
Tua carícia
Um solfejo
Um sopro
 E me perco!
E agora?
Quero amar...
Cada segundo
Pra te encantar!
Imploro ao toque
Simples e magistral
Tal qual aquele beijo
Ao encanto do luau.


Imagem: KristineKely
Texto: Roberto Mello


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Preciso ir!

A voz trêmula
inibe a despedida.
Refleti...
Emudeci...
E, logo depois, respondi:
Apenas não chores.
Então, decidi...
Ao momento de silêncio...
Preciso ir!
Mais uma vez...
Emoção regada.
E mais uma vez...

Preciso ir!


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Cadê a luz?

Um vazio,
Depura minha alma.
Uma calma,
Aparentando um corpo
Sozinho e sem alma.
Perambulo ao que imagino:
Mas, apenas o nada.
Chego a concluir:
Somos tudo e nada.
Questiono ao norte:
Que fiz?
Sem resposta,
Permaneço aqui.
Insisto
E sem revide,
Continuo vazio
E exclamo:

Alguém apagou minha luz!


Autor: Roberto Mello

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Descubra-se!

Leveza do ser
Saber viver!
Pureza em ser
O sorrir!
Verdade em viver
Saber ouvir!
Coração humilde
A grande verdade!
O que desejas?
Um sim pela luxúria?
Um não pela vaidade?
E tua Ira?
Quem responde?
Teu anjo adormecido?
Quiçá, teu demônio guardado?
Reflita o teu viver...
Ouça teu Eu!
Não gostou?
Então...

Descubra-se!!!


Imagem: skeeze
Texto: Roberto Mello

domingo, 22 de novembro de 2015

Realengo - 200 anos.


Terras realengas de Campo Grande,
Terras concedidas por sesmaria,
Do senado da grande câmara,
D. João, em muito se agradaria.

Variados artigos sobre seus bondes encontrei,
Estampando como destino “Real Engenho”,
Passeios inusitados à Santa Cruz por diversos condes,
Descansando em terras longínquas de Realengo.

Terra nobre de Realengo é sucesso,
Berço de ocupação militar e industrial,
Moradas influenciadas pelo progresso,
De trabalhadores com honra substancial.

Realengo, bairro com duzentos anos...
Entoado pelo “Alô, Alô Realengo, aquele abraço!”,
Que Gilberto Gil e o saudoso LILICO...
Carinhosamente, a Realengo encantaram.


Autor: Roberto Mello


Imagem: WEB


domingo, 15 de novembro de 2015

Sonhos, Desejos & Profecias.

Sonhos, Desejos & Profecias - uma tríade literária – Sonhos transformados pelos Desejos com palavras de Profecias
Quando entendemos que palavras proferidas com vontade viabilizam acontecimentos conforme teu desejo latente existente em seu interior, então, devemos buscar essa evolução com o objetivo em atingir MAESTRIA.
Os sonhos são desejos? Desejos são resultados dos sonhos? E as profecias com desejo a um sonho?

O leitor deve questionar com respostas, emergindo do seu próprio Eu, conclusões com sutileza na verdade, sem ambiguidade ou dualidade de sentimentos.
Os textos poéticos ilustrados representam A Grande Criação de Deus – Nós!. Somos criatura do Criador, logo, dotados de essência divina à expressão do mais puro sentimento: O AMOR!
Com carinho, desejo uma ótima leitura e boa reflexão em todo o segmento literário ora apresentado.
Saudações fraternais, um grande abraço, muita luz e beijos em vossos corações!
Roberto Mello 
Para adquirir seu exemplar, acesse o link: 



domingo, 8 de novembro de 2015

Como entender essas mulheres?

— Márcia, por que fizeste desse jeito?
— Talvez impulso ou vingança. Alberto, você me provocou.
— Quando e como provoquei você?
— Ah, coitadinho..., você não sabe? Você nunca sabe de nada!
— Desconheço o motivo que fez você se desestabilizar desse jeito.
— Quer saber? Foi o jeito de você olhar pra Júlia.
— Como assim? Tá louca?
— Pensa que não observei aquele olhar que há muito tempo não vejo olhando pra mim.
Nesse momento, Alberto balança a cabeça e com um sorriso irônico estende os braços e diz:
— Venha aqui, me dê um abraço e um beijo.
Márcia, com olhar discreto, acaricia seus próprios cabelos, simula aproximar-se e distancia-se..., fitando-o, exclama:
— Alberto, sabe onde você erra em nossa relação?
— Sei, Márcia! Em amar e desejar você com toda minha emoção.
— Negativo! Você erra em não querer forçar a roubar um beijo meu.
Alberto a observa sem comentar nada. Márcia usando um vestido preto que realça sua silhueta fez questão de sentar ao sofá, levanta dois palmos acima do joelho e acaricia seus seios.
Alberto observa e comenta:
— Acho que você bebeu demais por hoje, Márcia. Vá tomar um banho gelado.
Nisso, retira-se da sala, vai até a cozinha, pega o liquidificador e grita:
— Quer vitamina de mamão, aveia e leite?

Segundos de silêncio total na casa. Logo depois, sequência de portas batendo.