E vejo luz!
Brilho
intenso que seduz
E que
não reprime
Nem
tão pouco oprime
Mesmo
um pequeno feixe
Ainda
reluz
E
vejo luz!
Pelas
calçadas, à noite;
Sou
peregrino sem destino
Não
procrastino, afinal...
Da vida, ou
desta vida;
Sou apenas um reles inquilino.
E se
o tempo não oprime
Tenho
infinitos segundos de sonhos
Sem
transgredir a própria sorte
Sem
ultrajar minha própria pena de morte
E
assim,
Ainda
consigo ver uma centelha de luz.
Texto: Roberto Mello
Imagem: Suman
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