Madrugada
chuvosa aplaca minha opaca alma
Sinto
na pele o frio como um vazio lascivo inquietante
Transformando
um sentimento translúcido e inebriante
Em
constrangimentos desta melodia que agora se cala.
Imensuráveis
incertezas invadem minhas possíveis decisões
Diante
de sua moldura atenuante expresso tais questões
E
neste silêncio algoz
Eis
que surge do nada a inflexão sem reflexão.
Quanto
martírio pelo meu estado de delírio
Duelando
nesta dualidade imperfeita e atroz
Como
causa, a esta causa com defeito e efeito um tanto temporal,
Fico
a lamentar tua ausência em nossa relação corporal.
Torno
a permanecer diante de sua moldura silenciosa
Enaltecendo
nosso convívio com alívio ao anoitecer
Esperando
pela existência do teu sorriso imortal e voluntariosa
Perder-me
sem contendas e dualidades até ao amanhecer
Em
resumo: apesar dos pesares
E
diante do tempo que ainda me resta
Grito:
ainda amo você!
Texto: Roberto Mello
Imagem: geralt
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