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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ás de Espadas - Miniconto

O “Ás de Espadas” é assinatura do assassino. As vítimas são encontradas com uma carta do baralho junto ao peito.

Sanchez — detetive lotado na Delegacia de Homicídios do Setor Oeste — não consegue relaxar e nem interagir com sua família, afinal existem quatro homicídios e sem pistas.

As cartas não apresentam impressões digitais, sem evidências no local e nenhuma testemunha.

Em sua casa, à noite, relembra uma antiga teoria: “o culpado geralmente retorna à cena do crime”.

Inquieto, anda quilômetros dentro da própria casa. Num instante, segue em direção à porta, fita o infinito iluminado pelos pontinhos brilhantes. Admira os gatos que caçam suas presas. Em outro momento, remexe o interior da geladeira para beliscar. Não satisfeito, retorna à sala, liga a televisão, deixa o corpo repousar sobre o sofá e procura algo no celular.

É impossível acelerar o nascer do sol. O relógio parece estar preguiçoso. Os ponteiros estão colados.

E mais algumas horas, os primeiros raios se fazem presentes.

Ele investe em conseguir algum vestígio pelas fotos da perícia ou imagens da imprensa que contenham registros das pessoas presentes.

Por volta das 15 horas, seleciona as melhores imagens à época dos crimes e percebe um pequeno grande detalhe: o mesmo homem aparece nas fotos dos quatro casos.

Ele sorri diante da tela do computador e questiona:

— Será você o Ás?



Autor: Roberto Mello
Imagem: OpenClipartVectors

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